Descriminalização da maconha. Sim ou Não?


Descriminalização é diferente de legalização. A primeira propõe que o usuário flagrado cultivando, portando ou consumindo a droga, não sofra nenhum tipo de processo judicial e legalização abrangeria produção, distribuição e comercialização. Que fique claro: nenhuma dessas propostas justifica o fato de que as drogas fazem mal. E a maconha por sua vez, não escapa desse contexto, mesmo sendo considerada “leve”, prejudica a saúde e vicia como outra droga. O médico David Fergusson, da Universidade de Otago, em Nova Zelândia, veio até o Brasil no ano de 2005 e deu uma entrevista para a Revista Veja, na qual afirma que 9% dos usuários tornam-se dependentes severos e que a droga induz mudanças no cérebro fazendo com que esse usuário saia em busca de drogas mais pesadas. O que justifica, então, as propostas de torná-la objeto de maior tolerância? A resposta está na chamada “doutrina de redução de danos”, que conquista adeptos no mundo inteiro e preconiza a garantia de assistência médica e psicológica aos usuários. Há quem a veja como um caminho para quebrar a espinha dorsal do tráfico, segundo o raciocínio de que, ao dificultar o acesso, a repressão contribui para impulsionar o valor da droga, tornando o negócio mais lucrativo e atraente.

Piora, melhora ou fica igual?

O economista Gary Becker, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos realizou um estudo no qual faz projeções baseadas em leis de mercado.




Atualmente ninguém mais vai preso por cultivar, portar ou utilizar drogas em quantidades compatíveis com o uso individual. Os casos são encaminhados a juizados especiais e expõe o consumidor a sanções como advertência. Prestação de serviços comunitários, entre outros. Quem não cumprir pode ser multado em até três salários mínimos. Para os traficantes a lei endureceu aumentando a sentença mínima de três para cinco anos de prisão. Segundo uma pesquisa feita em 2005 pelo Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas da Unifesp, no Brasil 8,8% da população já utilizou maconha pelo menos uma vez. São 16 milhões de pessoas – um número suficiente para que o debate sobre os caminhos para lidar com as drogas se amplie. É hora de dar atenção para essa discussão, buscar informações claras, completas e confiáveis, só assim dá para tomar partido.

Agora me pergunto: Pra que descriminalizar a maconha se a mesma faz mal a saúde e vicia? Isso trará prejuízos a quem usa e benefícios para o traficante. Ao invés de acabarem com o tráfico, abrirão portas para que esse tipo de ação seja concretizado mais e mais vezes. Sem tirar a violência que é envolvida nisso tudo, nada será alterado. Em poucas palavras, sou contra a descriminalização da maconha!

Karina, 17 anos, São Miguel Arcanjo – CAPITAL JUVENIL.

Fonte: http://claudia.abril.com.br/materias/2686

3 comentários:

  1. Muito bom os textos que estão postando aqui. Fazendo todo mundo pensar e debater. Eu não sei se descriminalizar a maconha é a solução ou a redução dos problemas da nossa sociedade. Pelo contrário, acredito que o Brasil não esteja preparado para tamanha responsabilidade e possa piorar ainda mais a situação. Quanto à saúde é um pouco hipocrisia na minha opinião, pois cigarro também faz mal, vicia e mata, mas é legalizado no Brasil. Ou seja, pra mim tem os dois lados da moeda.
    Priscila (Florianópolis-SC)

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  2. Ainda sobre a LEGALIZAÇAO DA MACONHA:Glossário da lei:DESPENALIZAÇAO:a posse ,uso e comercio é crime.O usuário nao pode ser preso mas,fica o registro em sua ficha criminal.Sao aplicadas medidas alternativas,como prestaçao de serviços á comunidade.DESCRIMINALIZAÇAO:A posse e o uso deixam de ser crime,mas o comercio segue proibido.O consumo é considerado uma infraçao passível de multa.LEGALIZAÇAO:È permitido o uso e o comércio é regulamentado.NAO EXISTE EM NENHUM PAÍS.

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  3. Não? Nos estados de Washington e Colorado, nos Eua, Sim!

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